No turbilhão da vida, onde cada instante é uma interseção entre o passado e o futuro, onde os caminhos se entrelaçam e se desfazem, somos convidados a compreender a delicadeza dos finais e a coragem dos recomeços. Lucélia Perez, renomada psicanalista, nos brinda com reflexões profundas sobre a natureza dos ciclos da vida, sobre a transitoriedade das experiências e a sabedoria que reside nas mudanças.
Em suas palavras, Lucélia nos conduz a uma jornada de autoconhecimento, onde o entendimento de que nem tudo foi destinado a ser eterno nos impulsiona a abraçar a fluidez da existência. A eternidade, ela nos lembra, não é sinônimo de imutabilidade. O que é sempre igual estagna, não cresce, não evolui. Assim, compreendemos que os finais, por mais dolorosos que sejam, são saudáveis; são portas que se abrem para novas oportunidades, para o recomeço.
A resistência à mudança é humana, nos diz Lucélia. O apego às imagens que construímos das situações, às expectativas e sonhos que nutrimos, muitas vezes nos impede de seguir adiante. Entretanto, é preciso reconhecer quando algo já não nos acrescenta, quando é hora de deixar partir. Aceitar os finais é permitir-se ao novo, é abrir-se para as possibilidades que o futuro nos reserva.
A vida, como a própria natureza, é cíclica. Assim como as estações do ano, passamos por fases de crescimento, de florescimento e de declínio. É fundamental compreender que cada final é também um começo, é uma oportunidade de transformação e renovação. É por detrás da curva de cada história finalizada que encontramos novas experiências, novas oportunidades, situações que nos moldam para uma versão melhor de nós mesmos.
Nesse contexto, o autoconhecimento se revela como uma ferramenta poderosa. É olhando para dentro de nós mesmos que encontramos a coragem e a sabedoria para seguir em frente, para nos permitirmos recomeçar. É compreendendo nossas necessidades, nossos desejos e nossos limites que abrimos espaço para o crescimento pessoal e para a plenitude.
Portanto, que possamos honrar os finais como parte intrínseca do ciclo da vida, como momentos de transição e de transformação. Que possamos abraçar os recomeços como oportunidades de crescimento e de renovação. Que possamos, em meio às incertezas e às turbulências, encontrar a serenidade e a coragem para seguir adiante, confiantes de que os recomeços, verdadeiramente, curam.
Lucélia Perez nos convida a contemplar a beleza dos finais e a coragem dos recomeços, a abraçar a impermanência da vida e a celebrar a eterna possibilidade de reinventar-se.
Se permita ao novo. Se permita a aventura do recomeço.
Por: José Carlos, Jornalista
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